Polícia de SP faz operação contra quadrilha acusada de comprar ouro e joias roubados

Entre janeiro e fevereiro de 2025, 1.333 alianças e anéis foram levados por assaltantes — contra 851 no 1° bimestre de 2024.

Uma quadrilha suspeita de receptação de ouro e joias em São Paulo foi alvo de uma operação da polícia nesta quarta-feira (7).

Só na Capital, foram 22 alianças e anéis roubados ou furtados por dia nos primeiros dois meses deste ano. Houve uma alta de 56% em relação ao mesmo período de 2024.

Em fevereiro, uma médica foi chutada e teve o dedo mordido por um criminoso durante um assalto. No mês seguinte, um agente da CET foi baleado e morto numa tentativa de roubo. Já em abril, um arquiteto morreu ao tentar atropelar um ladrão para impedi-lo de fugir. Os três episódios tinham o mesmo alvo: a aliança.

A investigação também apura possíveis casos de lavagem de dinheiro ligados a roubos de alianças registrados na capital.

Ao todo, os policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) tinham 21 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária para cumprir em endereços das cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã e Campinas.

A investigação é conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, com apoio de outras unidades do Deic.

Registros

Em março, o preço do ouro atingiu, pela primeira vez na história, a marca de US$ 3.000 (R$ 17.000) por onça (31 gramas), à medida que a demanda pelo metal precioso aumenta em meio à incerteza econômica sobre o impacto de uma guerra comercial global.

Somente a capital paulista concentra 57% dos casos, conquistando a liderança no ranking de cidades mais perigosas para esse tipo de crime.

Entre os dez municípios com mais ocorrências, sete estão localizados na Região Metropolitana de São Paulo. São eles: Santo André, Osasco, Taboão da Serra, Embu das Artes, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Diadema.

O levantamento também apontou que nove em cada dez casos ocorreram em via pública, totalizando 1.198 ocorrências. Na sequência, vem as residências (59) e os estacionamentos (13).

O horário também tem influência: a manhã é o período mais perigoso, com 462 ocorrências, seguida pela tarde (409), noite (315) e madrugada (108).

Fonte G1

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